Cada vez mais o vinho rosé tem preenchido as taças dos amantes do vinho. Associado como uma bebida para ser consumida no verão, muitos ainda acham que o vinho rosé não possui muita qualidade por ser uma mistura de vinhos brancos e tintos.
Conhecido também como rosado na Itália, Portugal e Espanha o vinho rosé é um dos estilos mais antigos de se fazer vinho.
Ele é uma das bebidas mais badaladas na França, o vinho rosé elaborado a partir de qualquer uva para fabricação de vinhos tintos, combina muito bem com climas tropicais e harmoniza com uma variedade de pratos.
O rosé tem espaço na mesa de qualquer apreciador de vinhos, pois tem boa intensidade de frutas vermelhas, corpo medio e é versátil quando se trata de harmonização com comidas, o que permite ser apreciado não somente no verão, mas o ano todo!
E você? Sabe como esse delicioso vinho é elaborado?
O que embora a juventude tenha dado amor e rosas, a idade ainda nos deixa amigos e vinho
-Thomas More- Ex-Lorde Chanceler do Reino Unido
Neste artigo você irá descobrirá em detalhes tudo a respeito dos vibrantes e deliciosos vinhos rosés.
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- A História Do Vinho Rosé
- Como Se Produz Um Vinho Rosé
- As Uvas Que Fazem O Vinho Rosé
- Mercado Mundial Do Vinho Rosé
- Vinho Rosé: Sabores, Aromas, Harmonização E Muito Mais
- As Uvas E Estilos Mais Populares Dos Vinhos Rosés
A História Do Vinho Rosé
O vinho rosé favorito de hoje já foi muito popular na bacia do Mediterrâneo. A sua produção e consumo remonta aos fenícios, por volta de 1550 a.C. – 300 a.C. e os gregos, por volta de 600 a.C.
Entretanto, a qualidade dos vinhos rosés produzidos naquela época era muito diferente dos que são feitos hoje em dia. Na Grécia antiga, era civilizado diluir o vinho tinto com água que não era das melhores qualidades, sendo muitas vezes associada como fonte de bactérias que levavam à doenças.
Como a água não era a fonte mais saudável de hidratação, combina-la com vinho tinto era a medida mais segura na prevenção dos microorganismos responsáveis por causar disenteria ou outras doenças. Por isso, acreditava-se que a forma mais saudável de beber água era misturada com vinho tinto, tornando uma bebida mais clara, leve, doce, menos tânica, fácil de beber e segura em termos de saúde e higiêne.
Outra razão pela qual os antigos diluíam seu vinho era a crença de que quem consumisse a bebida pura poderia enlouquecer. O rei espartano Cleomenes I, que foi levado à insanidade e acabou cometendo suicídio, chegou a afirmar que beber vinho não diluído levou à sua queda.
Independente da busca por uma bebida higiênica ou por não levar a loucura, o fato é que beber vinho tinto diluido tornando-o rosé, permaneceu na preferência dos gregos por séculos.
No século VI a.C., os Fenícios levaram videiras da Grécia para Massalia (atual Marselha) no sul da França, onde o mesmo vinho rosa foi produzido e ganhou fama no Mediterrâneo.
Quando os romanos desembarcaram na região de Provença ao Sudeste da França, já tinham ouvido falar dos vinhos rosados de Massalia. A partir dai, usaram suas conexões comerciais para tornar os vinhos mais cobiçados da época em os mais populares da região do Mediterrâneo.
No século XIX, os turistas franceses começaram a frequentar mais o sul da França, onde tinham o sol, o mar e uma taça gelada de vinho rosé. De repente, esses vinhos locais tornaram-se um símbolo de glamour, lazer e verão.
No século XX, os vinhos rosés alcançaram o novo mundo através de duas marcas portuguesas, Mateus e Lancers, tornando-se ícones no Brasil e Estados Unidos, respectivamente.
Mateus
Assista esse e mais outros tópicos no canal da GastroVino Academy no Youtube.
Em 1942, a maioria das nações europeias estavam envolvidas na Segunda Guerra Mundial. Portugal manteve-se neutro, quando 15 amigos constituiram a Sociedade Comercial dos Vinhos de Mesa de Portugal onde um membro, Fernando Van Zeller Guedes tornou-se líder. Mais tarde, Guedes transforma a sociedade na Sogrape e dessa fusão nasce um vinho rosé inovador à època, batizado de Mateus.
Sua primeira parceria foi no Brasil, dando início ao processo de internacionalização do ícone Mateus. Após um início hesitante, as vendas de Mateus cresceram fortemente nas décadas de 1960 e 1970, mesmo no norte da Europa e na América do Norte. Atualmente, com 80 anos de história, Mateus tornou-se marca global de um vinho rosé leve, refrescante e versátil, numa garrafa icónica como o seu sabor.
Lancers
A Lancers é uma marca de vinhos portugueses mais vendidos internacionalmente. A sua criação remonta aos anos 40, com a visita de Henry Behar um comerciante de vinhos americano, ainda antes do final da segunda grande guerra à vinícola José Maria da Fonseca. Behar estava em busca de um vinho ideal para os padrões americanos.
Na época o enólogo português António Porto Soares Franco apresentou o rosé Faísca. Fascinado pela bebida ligeiramente doce e refrescante, Henry trouxe o vinho para os Estados Unidos e distribuiu o então vinho batizado de Lancers Rosé por todo o país.
O nome Lancers refere-se ao quadro “Las Lanzas” do pintor espanhol Velasquez, de quem Behar era grande admirador.
Em meados dos anos 60 foram vendidas no mercado norte-americano cerca de meio milhão de caixas de Lancers e na década seguinte um milhão de caixas.
Hoje, Lancers Rosé, é marca registrada de um rosé surpreendentemente leve e equilibrado, tornando-se um dos vinhos portugueses mais vendido em todo o mundo, principalmente nos E.U.A., Itália, Espanha e Portugal, onde a marca é símbolo de refrescância com toques de framboesa, melancia ou frutas tropicais, ainda fiel à ideia original de 1944, ou seja, que agrada e é fácil de beber.
Como Se Produz Um Vinho Rosé
O vinho rosé é uma bebida elaborada através de uvas tintas, sendo produzido de forma semelhante ao vinho tinto. Curiosamente, a polpa da uva gera um suco claro após ser expremida. Isso vale tanto para as uvas brancas quanto para as tintas.
Entretanto, nas cascas das uvas contêm pigmentos denominados antocianinas que são responsáveis por uma grande variedade de cores que podem variar do vermelho vivo ao violeta/azul.
Para a produção de vinhos tintos e rosés o suco ou mosto é extraído da polpa e permanece em contato com a casca da uva. O suco é então tingido pelo pigmento da casca (antocianina).
Especificamente para a produzir vinhos rosés, o enólgo reduz o tempo de contato do mosto com as cascas. Dessa forma, além de obter corpo e sabores mais leves que os dos vinhos tintos, extrai apenas uma pequena quantidade do pigmento, tornando a cor do vinho numa tonalidade mais clara ou rosada.
Para fazer um vinho rosé os produtores podem escolher um dos 4 métodos: Maceração Curta, Prensagem Direta, Sangria e Corte.
Maceração Curta
A Maceração Curta é o método mais comum para se produzir vinho rosé. Ela pode ocorrer antes ou durante a fermentação alcoólica. O processo é o mesmo do vinho tinto, a diferença é que a casca da uva fica em contato com o mosto por cerca de 6 a 48 horas, ficando somente o suficiente para garantir a coloração rosada de acordo com as expectativas do enólogo, pois quanto mais longa a maceração, mais escuro e mais rico o sabor do rosé.
Prensagem Direta
Semelhante à maceração curta, esse método é feito com uvas tintas prensadas imediatamente, fazendo com que o mosto tenha contato com as cascas por um período de tempo extremamente curto, como o processo de vinho branco, resultando em rosés mais claros, às vezes chamado de vin gris (vinho cinza) ou blanc de noirs, no caso de espumantes.
Sangria
A Sangria, Saignée em francês ou Bleed Method em inglês, é um método realizado no início do processo de fermentação de um vinho tinto, quando cerca de 10% do líquido que já apresenta coloração rosada é retirado ou “sangrado” do tanque original para outro recipiente, onde será fermentado, produzindo o rosé. Este método é muito comum em regiões vinícolas que produzem vinhos tintos finos, como Napa e Sonoma, gerando vinhos rosés mais concentrados em cor e estrutura e com notas de cereja, amora, mirtilo e ervas como eucalipto ou louro.
Corte
Também chamado de blending ou assemblage, esse método consiste em misturar vinhos tintos e brancos já vinificados para produzir vinhos rosés. Geralmente esses vinhos terão até 5% ou mais de um vinho tinto, pois não é necessário uma quantidade grande para tingir um vinho branco de rosa.
O método pode parecer simples, pois é semelhante à forma como os antigos diluíam seus vinhos tintos com água para produzir rosé. Porém, a harmonia entre o dois tipos de vinhos, branco e tinto, requer cuidados do enólogo, para que o produto final torne-se agradável.
Este método é muito incomum na produção de vinhos rosés, mas popular na região de Champagne, na França, para fazer Champagne rosé. Para isso, os vinicultores franceses produzem um vinho branco, muitas vezes Chardonnay, e adicionam uma porcentagem de vinho tinto, geralmente da uva Pinot Noir.
Os vinhos rosés produzidos através desse método, podem variar em estilo, de leve a encorpado, mais ou menos alcoólicos, podendo as vezes ser mais tânicos, dependendo da quantidade e do tipo de vinho tinto usado na mistura.
As Uvas Que Fazem O Vinho Rosé
De um modo geral, o vinho rosé é uma mistura ou blend feito a partir de várias variedades de uvas diferentes, como Grenache, Merlot, Cabernet Franc, Syrah, Cinsault, Mourvèdre, Carignan, Cabernet Sauvignon ou Barbera, mas também pode ser um vinho varietal, elaborado com uma única uva. Por exemplo, os vinhos rosés da Califórnia são conhecida por serem feitos com 100% de uvas Pinot Noir.
Os vinhos rosés podem ser doces ou secos, dependendo da variedade da uva utilizada no processo. Por exemplo, os vinhos rosés doces mais comuns são Zinfandel, Merlot e Moscato, enquanto os rosés secos são elaborados com Grenache, Sangioves, Syrah, Mourvèdre, Carignan, Cinsault e Pinot Noir.
Mercado Mundial Do Vinho Rosé
França
O epicentro da produção mundial de rosé é a Provence, França, com seu sabor seco e delicado, além de sua cor rosada levemente alaranjada, provenientes das uvas Grenache, Cinsault e Mourvedre.
Provence criou em 1999, um centro de pesquisa especializado em vinhos rosés, que passou a analisar os principais componentes responsáveis pelo sabor frutado dos rosés, dentre outros estudos.
As regiões de Bordeaux e Vale do Loire também produzem bom rosés com as uvas Cabernet Franc, Sauvignon e Merlot. Já a Borgonha tem uma producão baixa a partir da Pinot Noir.
Porém, a produção de rosés não se limita somente à região de Provence ou outras regiões francesas, mas sim à todos os países que se propuseram a elaborar vinhos finos.
Itália
Na Itália, a produção de rosés é forte no sul do país, porém a região da Toscana vem produzindo rosados de excelente qualidade com a uva Sangiovese. No norte da Itália, mais especificamente no Alto Ádige, estão produzindo ótimos rosés com a Moscato Rosa e Lagrein.
Portugal
Em Portugal, o destaque vai para as regiões do Douro, Estremadura e Ribatejo, pela produção de rosés aromáticos e complexos. Normalmente os rosés são feitos à base de blends ou varietais com a Touriga Nacional.
Espanha
Na Espanha, consome-se muito vinho rosé, principalmente nas de Rioja, Navarra e Penèdes. Para a produção, utiliza-se a uva Grenache ou Garnacha em espanhol, seguida das uvas Tempranillo e Merlot.
América do Sul
Na América do Sul, países como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai vem produzindo cada vez mais rosés com Cabernet Sauvignon, Malbec, Tempranillo, dentre outras uvas. O clima e o terroir favorecem para produção de vinhos aromáticos, com boa acidez, leves e fáceis de beber.
Estados Unidos
Nos EUA os estados da Califórnia e Oregon, são os maiores produtores de vinhos do país e, consequentemente, produzem vinhos rosés fantásticos, principalmente com a uva Pinot Noir seguida das Grenache, Cabernet Franc e Zinfandel. Já no Canadá, as regiões produtores são Columbia Britânica e Ontario onde se produz rosés com Pinot Noir, Cabernet Franc e blends com as uvas Cabernet Sauvignon, Gamay Noir, Merlot, Chardonnay, Muscat Canelli e Riesling.
Produção Global
A produção global oscila desde 2003, entre 23 e 26 milhões de hectolitros anuais.
Em 2019, houve uma queda substancial na produção de rosés em vários países, principalmente na Argentina, Austrália, Alemanha, Itália, África do Sul e Estados Unidos, enquanto o consumo mundial aumentou 23,5 milhões de hectolitros.
Em termos de exportação, o preço médio do rosé vendido em todo o mundo foi de € 1,57 por garrafa de 750 ml em 2019, sendo a França com um preço médio de rosés premium a 3,75€.
Atualmente, A França é de longe o maior produtor hoje, seguida pela Espanha, Estados Unidos e Itália. A produção aumentou dramaticamente na Austrália, Chile e África do Sul, de acordo com o relatório da OIV.
Vinho Rosé: Sabores, Aromas, Harmonização E Muito Mais
Qual é a Temperatura Certa Para Servir Vinho Rosé?
Rosé deve sempre ser refrigerado e servido a aproximadamente 10ºC a 15ºC. Antes de servir, coloque o vinho na geladeira por algumas horas. 30 minutos no freezer pod ser uma solução.
Precisa Decantar Vinho Rosé?
Não é necessário, mas pode trazer alguns benefícios, já que a permite que o vinho seja exposto ao oxigênio, melhorando os sabores complexos nos vinhos.
Quais Taças Utilizo Para Servir O Rosé?
O rosé pode ser servido tanto em taças para vinhos brancos como para vinhos tintos, pois dependendo do método de produção, pode conter as características dos dois vinhos ou se for somente com uvas tintas, seus aromas irão se desprender melhor numa taça para vinho tinto favorecendo a degustação. O vinho rosé é fácil de beber.
Posso Envelhecer O Vinho Rosé?
Armazenar um rosé por vários anos não é comum. Basicamente, os vinhos rosés são feitos para serem consumidos ainda jovens, quando seus aromas frutados ainda estão frescos e vibrantes.
Entretanto, o rosé feito na região de Bandol na Provença, é uma exceção pois é feito com a uva Mourvèdre que possui boa capacidade de envelhecimento, entre 5 a 10 anos.
O Que Vou Encontrar Ao Degustar Um Vinho Rosé?
Normalmente, os vinhos rosés são leves, acidez média e com notas de degustação vivas e crocantes.
Os sabores primários do vinho rosé são frutas vermelhas (morango, cereja, framboesa), flores, frutas cítricas (melão, limão) e um sabor verde e mel agradável no final lembrando salsão ou ruibarbo.
Qual Prato Eu Sirvo Com Vinho Rosé?
Rosé é conhecido pela sua fácil adaptação aos diferentes estilos da culinária. Seus sabores frutados e boa acidez, tornam os rosés excelentes para combinar com alimentos condimentados. Como o rosé é servido gelado, seu consumo tornou-se popular durante o verão e ao ar livre, incluindo piqueniques, churrascos e aperitivos à beira da piscina.
O rosé combina bem com ostras, salmão, saladas de verão, frango, carnes grelhadas, etc. A sua leveza e boa acidez combina bem com sashimi.
As Uvas E Estilos Mais Populares Dos Vinhos Rosés
Muitas uvas que são utilizadas para produção de vinhos tintos são empregadas para a elaboração de vinhos rosés. Conferindo notas de frutas vermelhas, cítricas, aromas de rosas, tornando o vinho elegante, refrescante, seco as vezes encorpado.
Sangiovese: Frutado, seco, rico, denso, notas de morangos, melão e rosas.
Tempranillo: Seco, frutado, boa acidez.
Syrah: Seco com notas de cereja e verde lembrando azeitonas. É elegante com bastante frescor com um longo e complexo retrogosto.
Malbec: Notas aromáticas de frutas cítricas e frutas vermelhas, com um toque de pimenta rosa. Possui uma coloração clara e delicada, lembrando os grandes rosés da Provence.
Cabernet Sauvignon: Fresco, leve, delicado, versátil , seco, com notas de pimentão, groselha preta e especiarias.
Tavel Rosé: Encorpado, saboroso e muito seco com notas frutadas distintas e um toque terroso, além de nozes.
Touriga Nacional: Aromas de frutas vermelhas, como morango e framboesa. Na boca é equilibrado, fresco, balanceado e complexo. Fácil de beber!
Provence Rosé: Versátil, clássico, um vinho frutado, leve com notas de morango e pétalas de rosa.
Mourvèdre Rosé: Encorpado com notas florais e frutas vermelhas lembrando cereja e morango com um leve toque defumado.
Pinot Noir: Refrescante, delicado, agradavel e extremamente versatil . Suas notas de morango, cereja e melão é uma companhia perfeita para entradas, peixes, mariscos e risotos.
Espumante Rosé: Um blend geralmente de Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier. Possui um sabor intenso e ao mesmo tempo delicado. Com aromas complexos de frutas vermelhas e aromas secundários da fermentação nas garrafas pelas leveduras, como brioche, pão, massa fresca ou cerveja.
Concluíndo
Um vinho que impacta pela sua cor e encanta após o primeiro gole pelas suas notas frutadas, florais e acidez que favorece a harmonização com uma vasta seleção de pratos.
O vinho rosé vem sendo preparado há séculos misturando água potável e vinho tinto ou mesmo entre vinhos brancos e tintos. Seu mercado, mesmo tímido comparado aos outros estilos, demonstra um crescimento exponencial nos países produtores.
Apesar da região francesa de Provença ser o berço do vinho rosé, muitas outras regiões vinícolas do mundo estão produzindo vinhos rosés de excelente qualidade, seja um blend ou varietal.
O mundo do vinho é vasto e complexo para ficarmos somente brindando com vinhos tintos ou brancos. Já se perguntou quantas vezes você tomou vinho rosé nesse ano? Está na hora de experimentar alguns estilos.
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Espero que este artigo tenha melhorado seu entendimento sobre vinho. Para saber mais sobre a bebida, dê uma olhada em Sauvignon Blanc: O Guia Entusiasta Para Os Amantes Do Vinho.
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