O roux é uma mistura cozida de farinha e manteiga que desempenha um papel fundamental na culinária francesa, sendo considerado um dos pilares dessa tradição gastronômica. Essa combinação simples, mas poderosa, entre a farinha e a gordura não apenas atua como um agente espessante, mas também confere um sabor sutil de nozes e uma cor rica e atraente a uma vasta gama de preparações, incluindo molhos, caldos e sopas.
O processo de elaboração do roux envolve cozinhar a farinha na manteiga em fogo baixo, permitindo que os ingredientes se integrem de maneira harmoniosa. À medida que o roux é cozido, sua cor e sabor evoluem, variando de um tom claro e um gosto suave, ideal para molhos brancos, até um tom mais escuro e um sabor mais robusto, que é perfeito para pratos mais complexos e encorpados.
O roux é especialmente importante na preparação de quatro dos cinco molhos mãe da culinária clássica: Béchamel, que é um molho branco cremoso; o Molho Espanhol, que é rico e profundo; o Velouté, que é um molho claro e delicado; e o Molho de Tomate, que, embora tenha suas próprias características, também se beneficia da base espessante do roux. Cada um desses molhos serve como base para uma infinidade de outras receitas, demonstrando a versatilidade e a importância do roux na cozinha.
Além de sua função como espessante, o roux também é um elemento que traz profundidade e complexidade aos pratos, elevando o sabor e a textura das preparações. Por isso, dominar a técnica de fazer um bom roux é essencial para qualquer cozinheiro que deseje explorar e aperfeiçoar a arte da culinária, especialmente a francesa.
Aprenda agora sobre os 4 tipos de roux – branco (blanc), loiro (blond), marrom (brown) e marrom escuro (dark-roux), e como prepará-los.
É aconselhável usar manteiga clarificada na preparação do roux, outros tipos de gordura só devem ser usados por sérias razões de economia.
-Auguste Escoffier – chef francês, restaurateur e escritor
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- O Que É Roux?
- A Origem
- Como Ele Funciona
- Dicas Essenciais Para Preparar
- Como Preparar Um Roux Em 5 Etapas Fáceis
O Que É Roux?
O roux é uma mistura cozida que consiste em medidas iguais em peso de farinha e gordura, sendo amplamente utilizado como um agente espessante em diversas preparações culinárias, como molhos, caldos, ensopados e sopas. Essa combinação não apenas desempenha um papel crucial na espessura dos pratos, mas também é responsável por conferir um sabor tostado, uma cor mais escura e uma textura sedosa e suave, que elevam a qualidade e a complexidade dos alimentos.
Para se ter uma ideia da quantidade necessária, geralmente, 120 gramas de roux, que são compostos por 60 gramas de farinha e 60 gramas de gordura, são suficientes para engrossar aproximadamente 1 litro de líquido. A gordura mais comumente utilizada para a preparação do roux é a manteiga, embora outras opções, como óleos vegetais ou banha, também possam ser empregadas, dependendo da receita e do resultado desejado.
Existem quatro tipos principais de roux, cada um com características distintas: o roux branco, o roux dourado, o roux marrom e o roux marrom escuro. Cada um desses tipos desempenha um papel fundamental na culinária, especialmente em relação aos molhos, caldos e sopas que serão preparados. Por exemplo, o roux marrom escuro é frequentemente utilizado nas culinárias cajun e creole, que são influenciadas por tradições europeias, africanas e caribenhas. Esse tipo de roux é ideal para pratos que exigem um sabor mais robusto e uma cor intensa.
Por outro lado, o roux branco é utilizado em preparações que necessitam de um espessamento sem a adição de cor, como o famoso molho béchamel, que é a base para muitos pratos clássicos. O roux dourado, por sua vez, oferece um equilíbrio entre sabor e cor, sendo uma escolha versátil para uma variedade de molhos e ensopados. Já o roux marrom é essencial para receitas que requerem um sabor mais profundo e uma coloração mais escura, como o molho espanhol, que se beneficia da riqueza e complexidade que esse tipo de roux proporciona.
Em resumo, o roux é um elemento fundamental na culinária, não apenas por sua função de espessamento, mas também por sua capacidade de transformar e enriquecer o sabor e a aparência dos pratos, tornando-se uma técnica indispensável para chefs e cozinheiros em todo o mundo.
A Origem
O roux, uma mistura de farinha e gordura, deve ter passado despercebido na rica tapeçaria da culinária francesa quando foi introduzido pelos cozinheiros de Anne da Áustria, que viveu entre 1601 e 1666. Anne, rainha consorte do rei Luís XIII da França e regente durante os primeiros anos do reinado de seu filho, o rei Luís XIV, desempenhou um papel significativo na história da gastronomia francesa. Antes da popularização do roux, os molhos eram tradicionalmente engrossados com migalhas de pão, uma técnica que, embora eficaz, limitava a textura e a complexidade dos pratos.
Foi somente em meados do século XVII que o roux começou a ganhar destaque, graças ao famoso chef e escritor francês François La Varenne. Ele foi um dos primeiros a reconhecer o potencial do roux em suas receitas, utilizando-o para criar molhos mais ricos e saborosos. O roux, com sua consistência suave e sedosa, rapidamente substituiu as migalhas de pão como o agente espessante preferido na culinária francesa, permitindo uma nova era de sofisticação e refinamento nos pratos.
Um século depois, no século XVIII, os colonos franceses que se mudaram para a América trouxeram consigo essa técnica culinária, que se estabeleceu firmemente na região de Nova Orleans. O roux se tornou um elemento fundamental da culinária cajun e creole, que é uma fusão vibrante de influências europeias, africanas e caribenhas. Essa rica mistura cultural resultou em uma gastronomia única, onde o roux não apenas manteve sua importância, mas também evoluiu.
Na culinária cajun e creole, surgiu uma variação mais escura do roux, conhecida como roux marrom escuro ou dark roux. Este roux mais intenso, que é cozido por mais tempo até adquirir uma cor profunda e um sabor robusto, tornou-se um símbolo da criatividade e adaptação dos diversos povos que habitam a região. Assim, o roux, que começou como uma técnica simples na França, transformou-se em um elemento essencial da identidade culinária de Nova Orleans, refletindo a rica herança cultural e a diversidade que caracterizam a culinária local até os dias de hoje.
Como Ele Funciona
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O roux é um ingrediente fundamental na culinária, utilizado em uma variedade de pratos para enriquecer o sabor, a cor e a textura das preparações. Ele é uma mistura de farinha e gordura, geralmente manteiga, que é cozida até atingir uma coloração que varia do claro ao escuro, dependendo do tempo de cozimento e da temperatura. Essa transformação não é apenas uma questão de aparência; envolve uma série de reações químicas que são essenciais para o desenvolvimento do sabor e da consistência desejada.
Quando o roux é preparado, a farinha passa por um processo de gelatinização, onde os amidos presentes na farinha absorvem a gordura e a umidade, formando uma pasta. À medida que o roux é cozido, ocorre a reação de Maillard, que é responsável pela formação de compostos aromáticos e pela coloração dourada que se desenvolve. Essa reação é uma interação complexa entre aminoácidos e açúcares redutores, resultando em sabores mais profundos e complexos que elevam o prato a um novo patamar.
Além disso, o tempo e a temperatura de cozimento do roux influenciam diretamente o seu sabor e a sua capacidade de espessar os líquidos nos quais é incorporado. Um roux mais claro, por exemplo, é ideal para molhos brancos e sopas, enquanto um roux mais escuro é frequentemente utilizado em pratos como o gumbo, onde um sabor mais robusto e uma cor rica são desejados.
Portanto, para que o roux cumpra seu papel de forma eficaz, é fundamental compreender essas reações químicas que ocorrem durante o seu preparo. Essa compreensão não apenas aprimora a técnica culinária, mas também enriquece a experiência gastronômica, permitindo que os cozinheiros criem pratos que são verdadeiramente deliciosos e visualmente atraentes.
Calor
O roux, que é uma mistura de farinha e gordura, desempenha um papel fundamental na culinária, especialmente na preparação de molhos e sopas. Quando se utiliza calor alto durante o processo de cozimento do roux, os grânulos de amido presentes na farinha tendem a endurecer rapidamente. Esse endurecimento impede que os grânulos se integrem adequadamente ao líquido que está sendo incorporado, resultando em uma textura indesejada e em grumos na mistura.
Por outro lado, ao aumentar gradativamente a temperatura, o processo se torna mais controlado. Nesse cenário, o revestimento externo dos grânulos de amido começa a intumescer, ou seja, a inchar lentamente. Esse inchaço é um passo crucial, pois, à medida que os grânulos continuam a ser aquecidos, eles eventualmente se rompem, liberando o amido que se transforma em dextrina. A dextrina é uma substância essencial que atua como um agente espessante, contribuindo para a textura e a consistência desejadas do prato final.
Portanto, é de suma importância preparar o roux sempre em fogo brando e nunca em temperatura alta. Essa abordagem cuidadosa não apenas garante que o roux atinja a cor e o sabor ideais, mas também assegura que a mistura se torne homogênea e suave, evitando a formação de grumos e proporcionando um resultado final mais refinado e saboroso. Em suma, a paciência e a atenção ao controle da temperatura são fundamentais para o sucesso na preparação do roux e, consequentemente, na elaboração de pratos que dependem dessa base.
Tipos de roux
Tradicionalmente, a culinária francesa classifica o roux em três tipos distintos: o roux branco, o roux dourado e o roux marrom. Cada um desses tipos desempenha um papel fundamental na preparação de diversos molhos e pratos, contribuindo não apenas para a textura, mas também para o sabor e a cor das receitas. No entanto, um quarto tipo de roux, conhecido como roux marrom escuro, foi introduzido na gastronomia após o surgimento das cozinhas creole e cajun em Nova Orleans, EUA, ampliando ainda mais as possibilidades culinárias.
O Roux Branco (ou Roux Blanc) é o primeiro dos tipos e é amplamente utilizado para engrossar molhos brancos, como o béchamel, que é uma base clássica na culinária francesa. O processo de cozimento do roux branco é relativamente rápido, pois o objetivo principal é apenas combinar os ingredientes e eliminar o gosto cru da farinha, sem deixar que a mistura adquira cor. Isso garante que o molho mantenha sua coloração clara e seu sabor delicado, ideal para pratos que exigem uma base suave.
O segundo tipo, o Roux Loiro (ou Roux Blond), é utilizado para espessar molhos que apresentam uma coloração mais amarelada ou dourada, como o molho velouté. O roux loiro é cozido por um pouco mais de tempo do que o roux branco, permitindo que a farinha adquira uma leve tonalidade dourada, o que confere um sabor mais complexo e um aroma mais rico ao molho. Essa etapa é crucial para garantir que o molho tenha uma profundidade de sabor que complementa os ingredientes que serão adicionados posteriormente.
O Roux Marrom (ou Roux Brown) é o terceiro tipo e é conhecido por enriquecer o sabor e proporcionar uma cor mais escura a molhos que exigem uma tonalidade intensa, como o demi-glace e o molho espanhol. O roux marrom é cozido por um período mais longo, permitindo que a farinha caramelize e desenvolva um sabor profundo e robusto. Essa técnica é essencial para pratos que buscam um perfil de sabor mais encorpado e complexo, sendo um componente chave em muitas receitas clássicas da culinária francesa.
Por fim, o Roux Marrom Escuro (ou Dark Roux) é um elemento característico das cozinhas cajun e creole, que se destacam por seus sabores intensos e marcantes. Este tipo de roux é cozido até atingir uma cor marrom escura, quase chocolate, e é utilizado em receitas que requerem um sabor e uma cor mais pronunciados. O roux marrom escuro é fundamental em pratos como o gumbo e o jambalaya, onde sua profundidade de sabor é essencial para criar a complexidade desejada.
Em resumo, cada tipo de roux tem suas particularidades e aplicações específicas, e a escolha do tipo adequado pode transformar completamente um prato, elevando-o a um novo patamar de sabor e apresentação. A habilidade de dominar essas técnicas é um dos pilares da culinária francesa e das tradições culinárias que se desenvolveram a partir dela.
Tempo
O tempo necessário para cozinhar os diferentes tipos de roux pode variar significativamente, indo de 3 a 20 minutos, dependendo das características específicas dos líquidos que serão incorporados e do resultado desejado na receita. O roux é uma mistura de farinha e gordura que serve como base para espessantes em molhos, sopas e outros pratos, e o tempo de cozimento é crucial para desenvolver o sabor e a cor adequados. Abaixo, apresentamos uma descrição mais detalhada do tempo estimado de cozimento para cada tipo de roux:
- Roux Branco (blanc): Este tipo de roux é o mais leve e é cozido por apenas cerca de 3 minutos. O objetivo aqui é apenas aquecer a mistura o suficiente para eliminar o gosto cru da farinha, sem alterar significativamente a cor. É ideal para molhos brancos, como o béchamel, onde se deseja um sabor suave e uma coloração clara.
- Roux Loiro (blond): O roux loiro é cozido por aproximadamente 5 minutos. Durante esse tempo, a mistura adquire uma leve coloração dourada, o que confere um sabor um pouco mais profundo em comparação ao roux branco. Este tipo de roux é frequentemente utilizado em molhos que requerem um sabor mais robusto, como o molho velouté.
- Roux Marrom (brown): O roux marrom é cozido por um período que varia entre 10 a 15 minutos. Neste estágio, a mistura atinge uma cor marrom mais intensa, resultando em um sabor mais complexo e rico. É ideal para pratos que exigem um fundo mais encorpado, como molhos escuros e ensopados.
- Roux Marrom Escuro (dark-roux): Este é o tipo de roux que requer o maior tempo de cozimento, cerca de 20 minutos. O roux marrom escuro é cozido até atingir uma cor quase chocolate, o que proporciona um sabor profundo e caramelizado. É frequentemente utilizado em pratos clássicos da culinária cajun e crioula, como o gumbo, onde o roux desempenha um papel fundamental no perfil de sabor do prato.
Em resumo, a escolha do tipo de roux e o tempo de cozimento são fundamentais para o sucesso de uma receita, pois cada variação traz características únicas que podem transformar um prato simples em uma experiência gastronômica rica e saborosa.
Poder espessante
O roux branco é amplamente reconhecido por seu notável poder espessante, superando os demais tipos de roux em termos de eficácia. Isso se deve ao seu curto tempo de cozimento, que permite que os grãos de amido presentes na farinha inchem rapidamente.
Durante esse processo, os grãos de amido se rompem e se transformam em dextrina, uma substância que desempenha um papel crucial no processo de espessamento de molhos e sopas. Essa transformação é fundamental, pois a dextrina é responsável por criar uma textura mais espessa e aveludada, que é desejada em muitas preparações culinárias.
Por outro lado, o roux mais escuro, que é cozido por um período mais prolongado, acaba perdendo essa capacidade espessante ao longo do preparo. O tempo de cozimento mais longo resulta em uma caramelização dos açúcares e uma alteração na estrutura do amido, o que diminui sua eficácia como agente espessante.
Embora o roux escuro possa adicionar um sabor mais profundo e complexo aos pratos, sua função como espessante é comprometida em comparação com o roux branco. Portanto, ao escolher o tipo de roux a ser utilizado em uma receita, é importante considerar não apenas o sabor desejado, mas também a função espessante que se pretende alcançar.
Tipos de Farinha
A farinha é um ingrediente notavelmente estável, especialmente quando consideramos a sua composição e as propriedades dos amidos que ela contém. Os amidos presentes na farinha não se quebram facilmente, o que a torna uma escolha preferencial em diversas preparações culinárias, especialmente em comparação com outros espessantes que podem ser mais suscetíveis à degradação sob calor ou em presença de ácidos. Essa estabilidade é crucial para garantir a consistência e a textura desejadas em molhos e outros pratos.
Além disso, é importante destacar que a farinha específica para bolos é particularmente eficaz em engrossar molhos, uma vez que possui uma quantidade maior de amido em sua composição em comparação com a farinha de pão, que é mais rica em glúten. Essa maior concentração de amido na farinha para bolos permite que ela absorva mais líquido, resultando em uma textura mais cremosa e aveludada nos molhos, o que é altamente valorizado em diversas receitas.
Por outro lado, a farinha de uso geral ocupa uma posição intermediária entre a farinha para bolos e a farinha de pão. Ela é amplamente utilizada nas cozinhas profissionais, especialmente para o preparo do roux, que é uma base fundamental em muitas receitas clássicas.
O roux, que é uma mistura de farinha e gordura cozida, serve como um espessante para sopas, molhos e ensopados, e a farinha de uso geral proporciona um equilíbrio ideal entre a capacidade de espessamento e a formação de glúten, permitindo que os chefs criem pratos com a textura e a consistência perfeitas. Portanto, a escolha da farinha adequada é essencial para o sucesso na culinária, influenciando diretamente o resultado final das preparações.
Tipos de Gordura
Muitos tipos de gorduras podem ser utilizados para preparar uma variedade de pratos, incluindo óleo vegetal, manteiga integral, gordura de porco, entre outros. Cada um desses tipos de gordura não apenas desempenha um papel funcional na culinária, mas também influencia diretamente o sabor e a textura do prato final. Por exemplo, enquanto o óleo vegetal pode proporcionar um sabor mais neutro, a manteiga, com seu perfil de sabor rico e cremoso, é frequentemente a escolha preferida em muitas receitas.
Dentre as opções disponíveis, a manteiga se destaca como uma das mais utilizadas na gastronomia, especialmente por sua capacidade de realçar o sabor dos ingredientes e proporcionar uma textura aveludada aos pratos. Entre as diversas formas de manteiga, a manteiga clarificada é uma das preferências de muitos chefs renomados. O processo de clarificação da manteiga envolve a remoção da água e dos sólidos do leite, que são componentes que podem interferir em certos preparos culinários, especialmente em técnicas que exigem altas temperaturas, como frituras ou refogados.
Ao clarificar a manteiga, obtém-se um produto que possui um ponto de fumaça mais elevado, permitindo que ela seja aquecida a temperaturas mais altas sem queimar. Isso não só melhora a versatilidade da manteiga na cozinha, mas também intensifica seu sabor, tornando-a ideal para uma variedade de aplicações, desde molhos até a finalização de pratos. Portanto, a escolha da gordura não é apenas uma questão de preferência pessoal, mas uma decisão que pode transformar completamente a experiência gastronômica.
Proporção: Farinha Vs. Gordura
As quantidades aproximadas de roux necessárias para engrossar 1 litro de líquido e obter texturas fina, média e grossa são:
Textura | Farinha | Gordura | Líquido | |
Fina | 48 g | 48 g | 1 litro | |
Média | 60 g | 60 g | 1 litro | |
Grossa | 95 g | 95 g | 1 litro |
Diferentes tipos de farinha, como farinha de arroz, araruta, amido de milho, farinha de tapioca e fécula de batata, dariam o mesmo resultado que a farinha de trigo, mas leve em consideração as outras substâncias contidas nessas farinhas.
Dicas Essenciais Para Preparar
Uma das dúvidas mais frequentes é sobre como fazer corretamente um roux. Ele é uma receita simples e rápida. Basta cozinhar partes iguais de farinha e manteiga. Porém, existem algumas dicas que devemos considerar.
Evite grumos
A maneira como se mistura o roux ao líquido é um fator crucial que pode determinar a textura final do seu molho ou caldo, e é fundamental prestar atenção a esse detalhe para evitar a formação de grumos indesejados. Em geral, a prática recomendada é incorporar o roux frio ao líquido quente, enquanto o roux quente deve ser adicionado ao líquido frio. Essa técnica ajuda a garantir uma mistura mais homogênea e suave.
Para obter os melhores resultados, é aconselhável temperar o roux primeiro com uma pequena quantidade do líquido que será utilizado na receita. Esse passo inicial é importante, pois permite que os ingredientes se integrem de maneira mais eficaz, formando uma pasta uniforme. Essa pasta, por sua vez, facilita a incorporação do roux ao restante do líquido, evitando a formação de grumos.
Após essa etapa, você pode adicionar o restante do roux à mistura de molhos ou caldos, seguindo as instruções da receita. Essa abordagem cuidadosa não só melhora a textura do seu prato, mas também enriquece o sabor, já que o roux, ao ser bem incorporado, libera seus sabores de maneira mais equilibrada.
Por outro lado, se você optar por misturar o roux quente diretamente ao molho quente ou, ainda pior, ao líquido frio, as chances de criar grumos aumentam significativamente. Isso ocorre porque a diferença de temperatura entre os ingredientes pode causar a coagulação rápida da farinha presente no roux, resultando em uma mistura irregular e pouco apetitosa. Portanto, seguir essas orientações sobre a temperatura e a ordem de mistura é essencial para garantir um resultado final liso e saboroso.
Peneire a farinha
Essa prática é fundamental para garantir a pureza e a qualidade dos ingredientes utilizados em suas receitas, evitando que resíduos indesejados ou estranhos possam ser incorporados à mistura final.
Ao peneirar a farinha antes de utilizá-la, você não apenas remove possíveis impurezas, mas também aerifica o ingrediente, o que pode resultar em uma textura mais leve e uniforme nos produtos assados. Essa técnica é uma prática comum e amplamente adotada nas cozinhas profissionais, onde a qualidade dos pratos é uma prioridade.
Peneirar a farinha é um passo simples, mas essencial, que demonstra atenção aos detalhes e compromisso com a excelência culinária. Além disso, essa abordagem ajuda a garantir que a farinha esteja livre de grumos, o que pode afetar negativamente a consistência da massa ou da mistura. Portanto, ao incorporar essa prática em sua rotina na cozinha, você não apenas melhora a qualidade dos seus pratos, mas também se aproxima dos padrões elevados das cozinhas profissionais.
Intensidade do calor
Cozinhe lentamente em fogo médio-baixo em uma panela de fundo duplo, ao invés de optar por cozinhar em fogo alto, que pode resultar em um cozimento desigual e fazer com que os grânulos de amido endureçam.
Quando isso acontece, o seu molho não conseguirá atingir a consistência desejada, pois o calor intenso pode causar a gelatinização inadequada do amido, impedindo que ele se dissolva corretamente e engrosse o molho de maneira eficaz.
Ao utilizar uma panela de fundo duplo e manter a temperatura controlada, você garante que os ingredientes se misturem de forma harmoniosa, permitindo que os sabores se desenvolvam plenamente e que a textura do molho fique cremosa e aveludada. Essa técnica de cozimento mais lenta não só melhora a qualidade do seu prato, mas também proporciona um resultado final mais saboroso e agradável ao paladar.
Misture constantemente
Após o derretimento da manteiga, que deve ser feito em fogo baixo para evitar que ela queime, adicione a farinha aos poucos, mexendo constantemente com uma colher de pau ou um batedor. É importante que você mantenha o fogo em uma temperatura média, pois isso permitirá que a mistura cozinhe de maneira uniforme.
Continue mexendo sem parar, garantindo que a farinha se incorpore completamente à manteiga, até que você obtenha uma textura homogênea e uma cor dourada e uniforme. Esse processo é fundamental para evitar a formação de grumos e para que a farinha cozinhe adequadamente, resultando em uma base perfeita para o seu molho ou receita.
Propriedade do amido
O amido, que geralmente se apresenta na forma de farinha, possui um comportamento específico quando submetido a temperaturas elevadas. Ele começa a gelatinizar em uma faixa de temperatura que varia entre 60ºC a 90ºC, ou seja, entre 140ºF a 194ºF. Esse processo de gelatinização é crucial, pois é nesse momento que o amido começa a exercer seu efeito espessante em um líquido, transformando a consistência da preparação e contribuindo para a textura desejada.
Um erro comum que muitos cozinheiros cometem durante o preparo de molhos e outras receitas que requerem espessamento é a falta de paciência. Muitas vezes, ao observar que a quantidade de amido ou farinha incorporada não está proporcionando a espessura esperada, eles tendem a adicionar mais roux ou simplesmente mais farinha, na esperança de corrigir a situação.
No entanto, essa abordagem pode levar a resultados indesejados. O excesso de amido pode fazer com que a preparação engrosse demais, resultando em uma textura pastosa e desagradável. Além disso, a adição excessiva de farinha pode deixar um gosto residual de farinha crua, o que compromete o sabor final do prato.
Para evitar esses problemas e garantir um resultado satisfatório, é fundamental seguir as proporções recomendadas de farinha, gordura e líquido. É importante lembrar que a temperatura desempenha um papel crucial nesse processo; portanto, é essencial ter paciência e permitir que a temperatura trabalhe em conjunto com o roux.
Ao fazer isso, você permitirá que o amido se gelatinize adequadamente, resultando em um molho perfeitamente espesso e saboroso, sem o risco de sabores indesejados ou texturas inadequadas. Assim, a prática e a atenção aos detalhes farão toda a diferença na qualidade da sua preparação culinária.
Aromas
Uma excelente dica para determinar o momento em que ele está pronto é prestar atenção aos aromas que começam a se manifestar durante o processo. Quando começamos a sentir fragrâncias agradáveis de avelã, pipoca ou até mesmo o cheiro característico da farinha assada, é um sinal claro de que o produto está atingindo o ponto ideal.
Esses aromas não apenas indicam que os ingredientes estão se transformando de maneira adequada, mas também proporcionam uma experiência sensorial que pode aumentar a expectativa e o prazer de saborear o resultado final. Portanto, fique atento a esses cheiros, pois eles são um indicativo valioso de que o seu preparo está se aproximando da perfeição.
Armazenamento
Ele é um ingrediente simples e prático, ideal para quem busca otimizar o tempo na cozinha sem abrir mão do sabor. Uma das grandes vantagens desse ingrediente é a sua versatilidade, que permite que ele seja utilizado em diversas receitas, desde pratos principais até acompanhamentos e até mesmo em lanches.
Além disso, você pode prepará-lo com antecedência, o que é uma excelente opção para quem tem uma rotina agitada. Ao armazená-lo em um recipiente hermético, você garante que ele se mantenha fresco e saboroso por vários dias na geladeira, facilitando ainda mais o seu dia a dia. Dessa forma, você pode ter sempre à mão um ingrediente delicioso e nutritivo, pronto para ser utilizado em suas refeições.
Como Fazer Um Roux Em 5 Etapas Fáceis
Ele é simples e fácil de fazer. Entretanto, a técnica de preparo refletirá no resultado final do seu molho, caldo, sopa ou ensopado. Aprenda agora como prepará-lo.
Agora, mãos à obra! 😋
Roux Branco
Equipment
- 1 Panela de molho pequena
- 1 Fouet – batedor arame
- 1 Peneira
- 1 Colher de madeira
- 1 Tigela redonda pequena – mixing bowl
Ingredients
- 60 g Farinha comum
- 60 g Manteiga sem sal Opcional usar 60 g de manteiga clarificada
Instructions
- Peneire a farinha na tigela redonda.
- Derreta a manteiga na panela pequena em fogo médio.
- Quando a manteiga começar a espumar, adicione a farinha peneirada.
- Mexa constantemente, cozinnhando em fogo médio-baixo por 3 minutos.
- Quando o roux começar a apresentar aromas de avelã, estará pronto. Transfira para outro recipiente e reserve.
Notes
Concluindo
O roux é um elemento fundamental na culinária francesa, servindo como uma base essencial para uma variedade de molhos e pratos. Este preparo, que consiste na mistura de partes iguais de farinha e gordura, geralmente manteiga, é cozido até atingir uma coloração que varia de clara a escura, dependendo do uso desejado.
O roux não apenas confere sabor e textura aos pratos, mas também atua como um agente espessante, sendo indispensável em receitas clássicas como o molho béchamel e o molho espaguete. Sua versatilidade e importância na gastronomia francesa o tornam um item básico que todo cozinheiro deve dominar para criar pratos autênticos e deliciosos.
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